domingo, 31 de outubro de 2010

Homosexualidade não é o todo de um ser.


E A COMPREENSÃO ALCANÇA!

Hoje, ouvi por diversas vezes a seguinte frase: 'Eu irei anular o meu voto hoje. Nenhum dos dois candidatos a presidência me agrada, um é elitista e a outra é lésbica.' Independente de partido ou do seu voto, a questão que surgiu destes comentários foi: Desde quando a homosexualidade de uma pessoa é o todo que a compõem? Será que é valido resumirmos uma pessoa pelo o que ela têm ou pela sua sexualidade? A alteridade da qual é composta um ser humano pode ser resumida, com sucesso, a uma característica que a compõem?

É lamentável ver que as pessoas ainda precisam de estereótipos para conseguir absorver o diferente, isto, sem se preocuparem se o farão de uma maneira digna ou com o que chamamos de humanidade.

O que me conforta é que as limitações sempre perecem na própria falta de espaço que delimitaram e a liberdade, seja ela qual for, sempre terá asas, enquanto um único indivíduo ansiar as alturas do belo e do justo.

Jesus e outros antes e depois dele, pregaram o amor ao próximo... "Amai ao próximo como a ti mesmo."
Pena que entendamos tão nobre ideal da seguinte forma: "Amai ao próximo que parecer contigo."


VIVA A LIBERDADE! VIVA A ALTERIDADE! VIVA AOS HUMANOS QUE HUMANOS SÃO!

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Produções do Grupo!

Após meses de leitura, pesquisas e levantamento de informações acerca da temática "Homofobia no Brasil", apresentamos abaixo as produções construídas pelo grupo.


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HISTÓRIA EM QUADRINHOS: Homofobia


 A história em quadrinhos traz  um típico caso de preconceito, onde este sentimento leva as pessoas às últimas conseqüências. Podemos perceber também a falta de uma lei específica para crimes homofóbicos, na situação a seguir "Astolfo" é preso por tentativa de homicídio e não, diretamente, por um ato homofóbico.

Para melhor visualização clique na imagem.

Site de referência: www.bitstrips.com



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ENTREVISTA: Mardem Marques Soares Filho

Após pesquisas sobre a atuação de profissionais acerca da homossexualidade e da homofobia, o grupo convidou o psicólogo Mardem Marques Soares Filho que trabalha no Departamento de Apoio à Gestão Participativa na Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa do Ministério da Saúde. Mardem Marques auxiliou na concretização da política nacional de saúde integral LGBT e no processo do novo entendimento da homossexualidade por parte do Sistema Único de Saúde. Segue, na íntegra, a entrevista que foi realizada no dia 16 de novembro de 2009, no turno vespertino.


1. Há quanto tempo você atua como psicólogo promovendo políticas públicas em prol dos LGBT?

Desde 2007 atuo diretamente com promoção e defesa dos direitos humanos de LGBT, mais especificamente no setor saúde, fomentando a construção de políticas públicas de saúde voltadas para este segmento.

2.No que diz respeito à psicologia, do seu ponto de vista, como ela pode auxiliar os LGBT de maneira prática e condizente com a realidade deles?

Acho que pelo viés da Saúde Mental. O preconceito e a discriminação são determinações sociais da saúde causadoras de sofrimento e adoecimento. Este sentimento de agressão e de não pertencimento pode gerar nas pessoas LGBT maior vulnerabilidade para álcool e outras drogas, assim como estados depressivos, melancólicos, transtornos do pânico, entre outros problemas psicológicos gerados a partir dos estigmas.

3. Poderia citar o que está sendo realizado de concreto, pelos psicólogos, em benefício dos LGBT?

Cabe citar a resolução co CFP que trata do aconselhamento sem discriminação por orientação sexual. Porém, ainda presenciamos casos negligentes, como a da Psicóloga Rosângela, que se propõe a tratar a homossexualidade. Isso é um absurdo ético contundente! Além disso, o país tem avançado muito em relação ao tratamento humanizado aos homossexuais em espaços públicos (serviços e equipamentos). Estamos presenciando várias ações em prol dos direitos humanos de LGBT e isso significa reduzir os preconceitos. O Ministério da Saúde já tem ações voltadas para homossexuais há mais de 20 anos, começou com o enfrentamento da Epidemia de HIV/Aids e extrapolou essa questão para os determinantes sociais da saúde, publicamos a regulamentação do Processo Transexualizador no SUS e a minuta da Política Nacional de Saúde Integral de LGBT será apreciada pelo Conselho Nacional de Saúde no dia 12/11. Ainda temos o PLC 122/2006, que criminaliza a homofobia, aprovado hoje na CAS – Comissão de Assuntos Sociais do Senado. Acreditamos que reduzindo a homofobia e respeitando “compulsoriamente” LGBT, por meio de leis e aberturas de jurisprudências, estamos promovendo a saúde e reduzindo as vulnerabilidades dessa população em vários âmbitos de suas vidas, promovendo e garantido, nesse sentido, os seus direitos humanos.

4. A nosso ver essa forma de atuação do psicólogo é de cunho político e psicossocial e por isso de grande importância para os LGBT que é o grupo mais vitimado das iniqüidades em saúde. Cite algumas das dificuldades que enfrentou nos trabalhos dos quais participou relacionados aos LGBT?

O grande desafio que se enfrenta em uma sociedade democrática de direitos é a questão da regra da maioria, ou do utilitarismo. A dificuldade em se aprovar regulamentações que garantam os direitos sociais e civis de LGBT diz respeito à cultura patriarcal, machista, misógina, sexista e homofóbica, que esbarra muitas vezes na homofobia institucional, onde essas questões deixam de ser prioritárias, onde não existe orçamento para gastar com essa população e onde aparecem discursos vazios voltados à laicidade do estado, principalmente de fundamentalistas religiosos que precisam dogmaticamente disseminar o ódio.

5. Como é a sua atuação como psicólogo na equipe multisdisciplinar, da qual faz parte no Ministério de Saúde, quando o assunto é homossexualidade?

Eu continuo até hoje atuando em consultório, nunca consegui abandonar a práxis psicológica de consultório. Mas também fui me apaixonando pela política que apesar de existir um jogo que poucas pessoas pactuam, até porque tem que ter estômago para agüentar algumas informações que esbarram muitas vezes nas suas questões éticas, quando atuo com políticas públicas tenho a deliciosa sensação de que estou atingindo muito mais gente do que em um consultório, aparecendo aí um sentimento gostoso de alteridade e altruísmo. Eu venho do movimento de Saúde Mental, minha especialização foi em Política de Saúde Mental e Instituições, pela FIOCRUZ/RJ e o meu mestrado em Ciência Política, ou seja, tracei um outro percurso. Acredito que a atuação do psicólogo inserido nesse campo tem um discurso diferenciado, um entendimento das relações pessoais e políticas, para além dos discursos, e uma atuação mais interativa e manipuladora com o objeto de trabalho, podendo ser um grande mediador de conflitos e negociador.

6. A ciência psicológica é respeitada pelos demais profissionais com os quais trabalha, lhe proporcionando autonomia para efetuar estudos e propostas a respeito do direito a uma saúde que atende as necessidades dos LGBT?

Sim, existe um respeito deontológico dentro desses espaços, talvez mais político. Porém, o suposto saber, segundo Foucault, está inserido fortemente no capo das relações de poder. Ainda existe um suposto saber médico que se reverbera dentro do Ministério da Saúde, principalmente nos cargos de gestão. Os gestores, em sua grande maioria, são médicos. Médicos sabem tudo! Entende?

7. Caso um estudante ou profissional de psicologia tenha interesse em efetuar pesquisas e propostas sobre a temática de orientação sexual, quais as orientações que você daria para que este alcance tal objetivo?

A primeira coisa é ter uma forte tendência para os Direitos Humanos, a segunda coisa é ler Teoria Queer, Judith Butler, entre outros autores que problematizam o binarismo de gênero, que criticam o patriarcado como modelo que reverberam uma heteronormatividade moralmente vigente, que repudiam o machismo nas relações de poder, e que tenham imensa afinidade e aproximação com o objeto de estudo, e que estejam minimamente despidos de preconceitos.

8. Você poderia comentar se o Ministério da Saúde tomou alguma posição a respeito do ato homofóbico, instituído pela ANVISA, que apoiados pela Resolução da Diretoria Colegiada 153, de 14 de junho de 2004, e em um suposto conhecimento científico, proíbem que bancos de sangue públicos ou privados aceitem doação de sangue de homossexuais, com base na ideologia anacrônica, de que eles constituem um grupo de risco?

Essa questão é bastante delicada. Existe uma nota técnica que explica a restrição da doação de sangue por homens que fazem sexo com homens (HSH), disposto na RDC 153 da ANVISA. Essa restrição existe por conta da epidemia concentrada de DST e Aids e do risco acrescido na população de HSH, mantendo a restrição, reduz-se a confiabilidade no sangue coletado. Muitos de nós procuram os hemocentros não somente para exercermos nossa cidadania e, principalmente o sentimento altero de ajudar ao próximo. Mas procura-se o hemocentro para doar sangue para conseguir liberação do dia de trabalho, da isenção de taxas de concurso público, e, muitas vezes para receber os exames completos em casa, tendo em vista o alto valor pago para a realização de um hemograma. A sociedade civil LGBT reivindicou a liberação para doação de sangue pelos HSH, mas entenderam que é função do Ministério da Saúde e da vigilância epidemiológica, o material hemoderivado que será disponibilizado para o receptor do sangue. Se HSH tem a chance de ter DST e HIV 11 vezes maior que um heterossexual, significa que temos que focar esforços para diminuir a epidemia concentrada nessa população por meio de ações eficazes de prevenção. E hoje os movimentos LGBT têm esse entendimento. Estamos com um projeto, que faz parte de uma ação do Plano Nacional de Promoção da Cidadania e dos Direitos Humanos de LGBT, que é “Capacitar os Triadores e Captadores das Hemorredes para uma abordagem sem preconceito e discriminação”. Isso significa humanizar a hemorrede para quando se deparar com uma pessoa LGBT, sabendo lidar com esse sujeito, orientando-o quanto a restrição em doar para HSH sem preconceitos. Nesse caso, somente as lésbicas podem doar sangue, porque não tem penetração com homens.

9. Poderia explanar rapidamente sobre a importância de ser abordado o tema Política Nacional de Saúde Integral de LGBT em um congresso de notoriedade, como ocorreu no último Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva realizado pela ABRASCO, em Recife-PE?

Foi a primeira vez que um congresso com o peso científico da ABRASCO recebia e aprovava um projeto que tratava desse tema como política.

10. O presidente Lula discursou no dia 3/11 no referido congresso. Como você significaria a participação dele? Ele fez alguma consideração a respeito do direito a uma prestação de serviços de saúde, digna e assegurada pela lei, para os LGBT?

Não, o discurso dele foi político e abrangente, referindo-se à área científica como um todo.

11. Recentemente, a psicóloga Rosângela Justino, do MOSES (Movimento pela Sexualidade Sadia) alegou ter a "cura" para a Homossexualidade. Você conhece esse caso? O que pensa sobre a tentativa de profissionais como Rosângela de usarem o conhecimento psicológico como arma para legitimar o preconceito?

Já me posicionei sobre esse mérito na questão 3.

12. Observarmos nos jornais, quase que semanalmente, uma agressão homofóbica que fica impune, isso quando é divulgado. Como a psicologia pode atuar, juntamente com o poder público, para modificar essa situação ou ao menos para prestar auxílio digno às vítimas desse tipo violência?

Os Centros de Referência Homossexual, da Secretaria Especial de Direitos Humanos, atua com uma equipe multiprofissional formada por um advogado, um assistente social e um psicólogo. Os psicólogos dos Centros de Atenção à Saúde Mental (CAPS) estão treinados para atender vítimas de violência. Acho que a rede está boa! O que falta, no meu ponto de vista, é a aprovação do PLC 122/2006 que garanta ainda mais os direitos de LGBT.

13. Como se deu a sua participação na concretização da política nacional de saúde integral LGBT e do processo homosexualizador do SUS?

Direta! O documento da Política começou a ser escrito pela também psicóloga Tatiana Lionço. Peguei esse “ponta pé inicial”, juntei com as demandas da 13ª Conferência Nacional de Saúde, I Conferência Nacional de LGBT e 11ª Conferência Nacional de Direitos Humanos, estruturei em forma de documento formal e apresentamos semana passada ao Conselho Nacional de Saúde, que aprovou por unanimidade. Essa política foi construída de forma transversal, ou seja, contempla ações voltadas para a promoção, prevenção, atenção, recuperação e humanização, na atenção e no cuidado à saúde, e isso tudo sem preconceito e discriminação.

14. Você acredita que nossa sociedade esteja caminhando, realmente, para uma sociedade tolerante em relação às sexualidades?

Acredito que essas ações articuladas, tanto oriundas da Presidência da República, por meio de ações da Secretaria Especial de Direitos Humanos, na elaboração de um Plano Nacional de Promoção da Cidadania e dos Direitos Humanos de LGBT (deliberada em Conferência Nacional LGBT); assim como os setores do Executivo, como o Ministério da Saúde, da Educação, da Cultura, entre outros, com suas ações e políticas isoladas; além do judiciário, abrindo jurisprudências acerca dos direitos cerceados a LGBT, e do Legislativo, mesmo nunca tendo aprovado sequer uma lei que garanta os direitos a LGBT, mas mantendo debates acerca desses direitos, já foram dados os passos rumo a uma sociedade mais justa. Justa no sentido de justiça de Rawls, com equidade. Esse breve diagnóstico mostra que já avançamos bastante, mas ainda temos muito a avançar.

Acesse o currículo do Mardem Marques Soares Filho clicando AQUI!

Fonte da foto: http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4200992T7
Acessada em: 26 de novembro de 2009
Horário: 17:20


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VÍDEO: Diga não a Homofobia

O vídeo a seguir foi produzido com intuito de mostrar o que é a Homofobia no Brasil. O mesmo evidência a definição de Homofobia, o Projeto de Lei da Câmara e um pouco da luta pelos direitos dos homossexuais.



Disponível também em: http://www.youtube.com/watch?v=FdCV9oGiokE&feature=player_embedded

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RESENHA CRÍTICA: Homofobia no Brasil

          A presente resenha apresenta pontos da pesquisa realizada pelo grupo sobre a situação da homofobia no Brasil. Para ter conhecimento sobre o assunto e realizar reflexões acerca deste, o grupo buscou distintas fontes de pesquisa e disponibilizou-os no blog do grupo. Para produzir a resenha crítica, selecionamos as pesquisas da Fundação Perseu Abramo (2008)e do Grupo Gay da Bahia (2009).
          O relatório do Grupo GGB traz um panorama dos casos de homofobia praticados no território nacional e discuti as altas taxas de preconceito no Brasil, construindo uma breve articulação sobre a necessidade de apoio governamental no combate a discriminação sexual. A investigação elaborada pelo Grupo GGB (2009), conclui que:

O relatório que lista desde 1980 os assassinatos de homossexuais no Brasil, mostra que vem crescendo a quantidade de casos de homicídios praticados contra gays, lésbicas e transgêneros. Em 2008 aumentou em 55% os casos com relação a 2007. E neste mesmo ano com relação ao período de 2006, o crescimento tinha sido de apenas 30%.

          O crescente número de casos de violência contra homossexuais permite entender o Brasil como o país mais homofóbico do mundo, seguido do México e dos Estados Unidos. A violência contra esses sujeitos surge da ignorância de reconhecimento da diversidade humana e da possibilidade de se conviver com a diferença, entendida não como a contrariedade do tido como natural, a heterossexualidade, mas como algo que é integrante do sujeito e, portanto não é passível de mudança. As distintas formas de discriminação sexual sobrepõem as lacunas culturais, educacionais e de caráter presentes nos indivíduos que cultivam a segregação dos sujeitos entendidos como homossexuais. Preocupado com o avanço desordenado de crimes contra homossexuais, o Grupo GGB pretende denunciar o governo brasileiro à Organização das Nações Unidas embasado na idéia de: “crime de lesa humanidade contra os homossexuais”, segundo Luiz Mott, fundador da entidade. A ineficiência das políticas públicas se apresenta como um fator preponderante para o aumento dos casos de homofobia no Brasil e comprova o descaso do sistema político e de seus representantes com a dignidade humana e com o respeito e proteção a diversidade do homem. As afirmativas da Constituição Federal que pretendem garantir o direito a natureza humana são alvo de ataques e já não compreendem a real necessidade e especificidades do homem, sendo fundamental a reformulação de todo sistema político e que este tenha como objetivo a promoção do cidadão, independente de suas orientações e escolhas. O Grupo GGB compreende a deficiência do Brasil em entender e tratar o assunto e cobra da administração pública estratégias e o cumprimento de ações voltadas para a ascensão da cidadania e o fortalecimento da defesa dos direitos humanos de gays e afins.
         A pesquisa, Diversidade sexual e homofobia no Brasil, realizada em 2008 pela Fundação Perseu Abramo constrói um estudo acerca da discriminação de indivíduos e grupos com identidades sexuais contrarias a heterossexualidade. Com o levantamento dos dados a entidade pretende subsidiar ações para que as políticas públicas avancem em direção a eliminação do preconceito às populações LGBT. A pesquisa mostra que:

Quase a totalidade da população responde afirmativamente: acreditam que existe preconceito contra travestis 93% (para 73% muito, para 16% um pouco), contra transexuais 91% (respectivamente 71% e 17%), contra gays 92% (70% e 18%), contra lésbicas 92% (para 69% muito, para 20% um pouco) e, tão freqüente, mas um pouco menos intenso, 90% acham que no Brasil há preconceito contra bissexuais (para 64% muito, para 22% um pouco). Mas perguntados se são preconceituosos, apenas 29% admitem ter preconceito contra travestis (e só 12% muito), 28% contra transexuais (11% muito), 27% contra lésbicas e bissexuais (10% muito, para ambos) e 26% contra gays (9% muito).

        A pesquisa da Fundação Perseu Abramo demonstra indicadores de práticas discriminatórias em razão da orientação sexual dos sujeitos, além de comprovar que estas manifestações são de cunho direto ou indireto. A atribuição de preconceitos ao outro, mas sem reconhecer o próprio é comum, cultivado e esperado, afinal a expressão “preconceito” delimita uma ação politicamente incorreta. A incorporação do preconceito contra LGBT denota um preconceito mais “comum”, e portanto, menos criticado socialmente. Ora, o uso de expressões como “bichas”, “veados ou “sapatonas” possuem alta propagação e aceitação social, já que são encontradas, diariamente, na mídia mais usada pelos brasileiros, a televisão. Evidência maior não faz-se necessário. Entretanto, um dado apresentado pela pesquisa mostra uma mudança, mesmo que gradativa, da forma de se entender o homossexual. 37% dos entrevistados afirmam: “ser homossexual não é uma escolha, mas uma tendência ou destino que já nas nasce com a pessoa”. Entender que o indivíduo não escolhe ou não tem a possibilidade de alterar sua identidade sexual possibilita uma compreensão sobre a realidade da diversidade sexual, mas não elimina as pré-noções construídas com base, geralmente, no conhecimento do senso comum.
        As pesquisas apresentadas nos escritos acima apresentam uma leitura já esperada: o senso comum da sociedade que comporta questões de sexualidade possui elevados graus de intolerância diante de uma diversidade sexual tão abrangente, tendo coerência com a liderança do Brasil em crimes homofóbicos. Isto comprova a necessidade de que há muito o que ser feito na busca pelo respeito ao ser humano e suas peculiaridades. Estratégias devem basear-se em consultas a sociedade e ao governo visando a obtenção de políticas que promovam o respeito à diversidade sexual. O enfrentamento do preconceito depende da contribuição de todas as instâncias sociais, constituindo um esforço de toda sociedade brasileira.


Referência Bibliográfica:

Fundação Perseu Abramo.
Site: http://www2.fpa.org.br/portal/modules/news/article.php?storyid=4017

Grupo Gay da Bahia
Site: http://www.ggb.org.br/



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CHARGE: Homofobia Camuflada

Abaixo trazemos uma situação de preconceito dentro da própria classe homossexual. Este tipo de evento é muito mais comum do que pensamos, apesar de ser mais camuflado.

Para melhor visualização clique na imagem.



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NOTA DE AGRADECIMENTO


Durante meses os membros do grupo estiveram engajados  em um processo de pesquisa, discussões e constante reflexão acerca da temática, de suas lacunas e dos direcionamentos possíveis de concretização do fenômeno estudado. As produções acima são o resultado deste processo. Contudo, inúmeras pessoas possibilitaram meios para que o alcance de nosso objetivo se torna-se real. Agradecemos especialmente a docente Dra. Joana Ormundo, ao psicólogo Mardem Marques e aos representantes da Ong Estruturação e dedicamos este trabalho a estas pessoas. Reafirmamos nosso compromisso com a permanência das atividades do blog com o intuito de contribuir para as transformações que são solicitadas pela sociedade.

Alex Cleberson
Ellen Stefany
Ivanilda Xavier
Kathia Priscila
Piera Sampaio
Rosiane Beatris
Vanessa Luiz

Graduação em Psicologia
Turma PS2B30
Universidade Paulista - UNIP, Brasília.



Campanha contra a homofobia no Brasil!

domingo, 22 de novembro de 2009

Itália: travesti brasileiro morreu por asfixia.

A adaptação da reportagem a seguir traz um caso de morte de um travesti brasileiro que, possivelmente, se relacionava com um político italiano.


"A autópsia confirmou que o travesti brasileiro Brenda, que vivia na Itália, morreu por asfixia ao inalar fumaça em seu apartamento, que pegou fogo. O corpo do travesti foi encontrado carbonizado na madrugada de sexta-feira em Roma. Não foram identificados sinais de lesões físicas, segundo a autópsia.

O caso é investigado pelo Judiciário de Roma, que trabalha com a hipótese de homicídio. Brenda é um dos travestis que estão no centro de um escândalo sexual que custou a renúncia do governador da região de Lazio, Piero Marrazzo. A polêmica veio à tona em outubro, após a detenção de quatro policiais que tentavam extorquir o político, pedindo 80 mil euros em troca de um vídeo no qual ele havia sido flagrado com travestis."



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Fonte: http://noticias.uol.com.br/ultnot/ansa/2009/11/21/ult6817u5216.jhtm
Acessado em: 23 de novembro de 2009
Horário: 00:10

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LANÇAMENTO DE ENQUETE

Lançamos hoje a enquete intitulada como "O que você sente ao encontrar com um homossexual?". O objetivo é levantar a primeira idéia que se constrói ao se ter contato com um homossexual. O resultado será divulgado no dia 01 de Março de 2010 com uma análise sobre os dados obtidos.
Acesse a enquete na parte direita do blog.

Participe!

Homofobia em bar no Rio de Janeiro.

O texto em destaque relata o preconceito de um gerente e dono de um bar com relação a duas moças que se beijaram no estabelecimento.


“No dia 28 de junho, um grupo de amigos/as se encontrou no bar Mofo, na Rua Barão do Flamengo, zona sul do Rio de Janeiro, em comemoração ao aniversário da universitária J.R.



Depois que duas amigas do grupo deram um singelo beijo, o gerente, Luciano Pires, pediu que elas não se beijassem ou procurassem outro bar, porque os clientes estavam supostamente sentindo-se incomodados. Além disso, o dono do estabelecimento, Jan Vidor, alegou não querer que o lugar se tornasse um "point gay". Sentindo-se discriminado, o grupo fez questão de ir à mesa de alguns clientes e perguntar se eles estavam sendo incomodados, mas ao contrário, receberam o apoio de todos/as. Apesar do descaso de policiais, foi registrada queixa na 9ª DP (Catete).
Isso ocorreu no mesmo dia em que era festejado o dia internacional do Orgulho Gay. Essa data foi escolhida para relembrar o dia de uma manifestação GLBT ocorrida em Nova York, em 1969, contra as freqüentes batidas policiais efetuadas num bar chamado Stonewall Inn. Cansados dos abusos, os clientes enfrentaram os policiais, resistindo às prisões.



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Fonte: www.midiaindependente.com.br
Acessado em: 13 de Novembro de 2009
Horário: 19:30

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Preconceito X Preconceito.

O preconceito vive dentro de cada individuo e às vezes não é considerado preconceito. Na maioria dos casos de preconceito em nossa sociedade, o núcleo agredido é o mesmo que agride. No texto acima temos a confirmação disto, os homossexuais tem as suas diferenças e são preconceituosos uns com os outros. Temos que respeitar para sermos respeitados.


"A coisas na vida que são realmente engraçadas (ou seriam trágicas) quando paramos para pensar. Nós lésbicas sempre estamos envolta em mil protestos, petições, reclamações, reuniões que sempre envolvem o mesmo tema, a vontade de sermos tratadas como iguais, sem preconceitos, sem rótulos. Contudo, nós somos grandes disseminadoras de muitos outros preconceitos, contra nós mesmos.

Todos os dias vivemos como em uma fábrica na qual nós carimbamos e vistamos como: “sim, essa é uma boa lésbica” e “não, isso não vale, isso não é verdadeiro, isso não é ACEITÁVEL”. Afinal, quem somos nós para julgar o que é ou não aceitável e criar parâmetros para a vida dos outros?

Eu admito que tenho preconceito contra transexuais, mas por quê? Que direito eu tenho? Quem sou eu, para pedir respeito para mim e não respeitar o próximo(a). Mas do mesmo jeito que eu, todas nós, de certo modo, somos preconceituosas e também sofremos o reverso dessa mesma moeda, sofremos com o mesmo preconceito.

No meu caso sofro por não ser assumida, por ser no armário, como se todas soubessem aonde o calo da próxima aperta, essas pessoas não entendem que cada um tem seu tempo, seus problemas, suas vidas e principalmente que cada uma sabe de si. Claro, que se eu pudesse viveria a minha vida do modo como eu sei viver, mas não posso e por isso tenho de levar esse carimbo em minha testa de produto defeituoso, como se fosse uma paria em meio a uma sociedade de Amazonas perfeitas.Mas me digam, que sociedade Lésbica é essa que muitas não aceitam quase nada, a não ser a si próprias. Que coletividade é está onde: as bissexuais são taxadas como devassas ou covardes por não se assumirem apenas lésbicas; onde as não assumidas são pessoas não gratas, pois estragam a diversão e no fim são umas covardes que vão acabar casando com homens; e as masculinas que desvirtuam o que é ser mulher querendo ser homens; as passivas não sabem de nada querem continuar fazendo o papel que faziam com os homens e assim por diante. Eu só espero sentada aqui no meu armário o dia em que para ser lésbicas terá curso preparatório e prova classificatória.

Como podemos pedir que nos aceitem se nós mesmas não nos aceitamos em nossas diferenças, igualdades, os jeitos diferentes de ser, os modos de pensar de outros, as virtudes e defeitos? Que moral nos temos para exigir que todos nos engulam goela abaixo, quando gays fazem piadas preconceituosas de lésbicas e lésbicas falam mal de muitos gays? O preconceito vem de cada um de nós e está arraigado em nossas almas, não somos imaculados, somos todos impuros, e temos a tendência a apontar o ridículo alheio a fim de tirar o foco de nós mesmos.

Já está na hora, de além de campanhas para conscientizar os héteros, de criarmos campanhas a fim de unir os homossexuais e mostrar realmente que cada um tem seu valor e mesmo que não seja possível concordar que pelo menos possamos aceitar, porque a diversidade faz a criatividade e cada olhar possui um brilho próprio que não deve ser maculado apenas por ser de quem é, seja essa pessoa quem for."



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Fonte: http://paradalesbica.com.br/2009/03/preconceito-x-preconceito/
Acessado em: 16 de Novembro de 2009
Horário: 21:05

Música sobre Beijo lésbico gera demissão de Professor.

Qual é a origem do Homossexualismo? Será genética, será incentivo ou será apenas opção? Realmente não importa se o homossexualismo vem da natureza ou da criação. O importante é garantir direitos iguais para todos. Uma música não vai influenciar na orientação sexual de alguém e muito menos incentivar ao álcool, o que conta muito neste caso é a educação que a pessoa teve ou tem em casa.

A direção do Centro de Línguas de Brazlândia (DF) pediu que o professor de
inglês utilizasse outra música para mostrar o uso dos verbos no passado - I kissed a girl and I liked it. O professor, Márcio Barrio, negou o pedido e foi demitido. “A diretora da instituição disse que não queria que uma música que falava de homossexualidade fosse utilizada na sala de aula. Canções que tratam de casais héteros podem, mas uma que toca e muito na rádio e que fala de um beijo entre duas mulheres não!? Isso é preconceito”, diz Barrio.

Pois é, mas parece que para o secretário de educação do Distrito Federal, José Luiz Valente, a homossexualidade, assim como a Kate Perry, não deveriam ser assuntos ministrados em sala de aula. De acordo com o secretário a letra seria um incentivo ao álcool e “ao homossexualismo”. Utilizei as aspas porque foi o termo utilizado pelo secretário de educação.


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Fonte: http://fotografiasempreconceito.wordpress.com/2009/02/17/musica-sobre-beijo-lesbico-gera-demissao-de-professor/
Acessado em: 16 de Novembro de 2009
Horário: 19:14

Vídeo!

Por que julgamos tanto as pessoas sem ao menos conhecê-las? Que direito temos nós de interferir na opção sexual de cada um? Não sabemos o quanto é difícil a alguém se próprio se assumir, ninguém pede pra nascer gay, ou nascer “diferente” se esse é o termo que podemos usar. Devemos respeitar o próximo sempre seja quem for, pois não sabemos o dia de amanha e lembrem-se tudo é valido quando se tem amor.







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Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=70_mj-Kyid0&feature=related
Acessado em: 16 de Novembro de 2009
Horário: 21:52

Minhas amigas lésbicas!

A reportagem a seguir trás o panorama de homens que se amarram em ver ou ficar com duas mulheres que sejam lébicas, e relata também que existem as mulheres femininas e masculinas e que independentemente da maneira de se vestir, de ser são seres humanos, como você e como eu. Saiba respeitar as diferenças.


"Eu não condeno as lésbicas. Eu tenho imensa simpatia por elas. Como condenar uma criatura que gosta da mesma coisa que eu gosto,que é mulher? Não gosto das lésbicas do tipo botinão, dessas que querem ser homens. Lésbica tem que ser doce,terna e extremamente feminina e mulher.

Eu namorei uma lésbica que tinha uma namorada,nos meus tempos de Rio de Janeiro,e juntos rachávamos essa namorada e era um prazer imenso ver as duas na cama num cio eterno como duas, comparando mal,cadelas.Era bonita e tesuda a minha namorada lésbica e confessava que olhava comigo as outras mulheres.

Tem um local de comunicação aqui,onde existem duas delas, pessoas belas e competentíssimas, cada qual no seu mistér, no seu trabalho. Claro que uma sabe que a outra é chegada numa xota! Ignoro no entanto, se no local de trabalho já chegaram a amassar o bombril ou mesmo trocar caricias de língua.

Eu parto do princípio que se uma mulher é feminina, duas são muito mais. E quanto mais melhor, nessas mulheres que se amam sem penetração,somente com o roçar suave das chamadas partes pudendas uma nas outras,dessas alegres mulheres que fazem da língua um habilíssimo instrumento de prazer.

Não existe troca de cromossomos,nem de genes, elas são simplesmente mulheres que gostam de mulher, e como eu gosto de mulher também, dá tudo certo. Não gosto, repito da lésbica de cabeça raspada cheia de tatuagens, de músculos, que quer a todo custo aparentar ser um homem, e um homem bruto.

Quem sabe, meu caro companheiro,se essa bela e feminina mulher que lhe acompanha na praia,não está desejando aquela gatinha de 18 aninhos ao lado? Procure entender as mulheres. As adolescentes andam de braços e mãos dadas num esfrega esfrega danado. Será que elas sentem prazer?"



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Fonte: www.ancomarcio.com/site/publicacao.php?id=22613
Acessado em: 16 de Novembro de 2009
Horário: 18:58

Estou grávida da minha namorada.

Um casal de lésbicas decide ter filhos, mais devido a problemas biológicos a geradora usa o óvulo da parceira para o desenvolvimento dos bebês. Porém a dupla maternidade só será atestada na justiça, que não atende as modificações da sociedade e ainda carrega marcas de preconceitos relacionados à escolha sexual.


"Munira Khalil El Ourra não vai dar à luz, mas é mãe de duas crianças que vão nascer até a primeira semana de maio. Quem está na 31ª semana de gestação é sua companheira, Adriana Tito Maciel. A barriga é de Adriana. Os óvulos fecundados que grudaram no útero dela pertenciam a Munira. Os bebês já têm nome: Eduardo e Ana Luísa. Serão paridos e amamentados por Adriana, de pele marrom e cabelo que nasce crespo. Mas terão a cara de Munira, branquinha e de cabelo liso.

Para a lei, mãe biológica é quem carrega a criança no ventre. Mas um exame de DNA mostraria o contrário. Nem Adriana nem Munira pretendem disputar na Justiça a guarda das crianças. O que elas querem é sair da maternidade juntas, com um documento que permita registrar as crianças no cartório com o sobrenome de cada uma e o nome das duas mães na certidão de nascimento. Como qualquer família normal.

O sonho de ter filhos era antigo para as moças de 20 e poucos anos que se conheceram em Carapicuíba, na região metropolitana de São Paulo. A decisão de namorar sério foi influenciada por esse interesse em comum. Apesar do relacionamento ainda recente, Munira e Adriana aceitaram a idéia e procuraram um especialista em reprodução humana no Hospital Santa Joana para fazer a inseminação artificial. “A gente achava que iria comprar esperma, levar para casa e aplicar com uma seringa”, diz Munira. Os planos mudaram quando o novo médico descobriu que Adriana só tinha metade do ovário esquerdo e já não podia engravidar com os próprios óvulos. Ele sugeriu que Munira cedesse os seus. Se usassem o sêmen de um homem de mesmos traços que Adriana, o filho seria parecido com as duas mães.



As duas moças se animaram com a possibilidade de ter um filho que tivesse um pouco de cada uma. Ainda hoje, Adriana se emociona ao contar essa parte da história. Tinha sido muito dolorido receber a notícia de que não poderia ter filhos do seu próprio sangue, e o gesto de Munira foi mais que bem-vindo. “Foi à maior prova de amor que ela poderia me dar.”

Munira e Adriana sabem que muita gente acha que elas não serão capazes de manter uma família como os casais heterossexuais. Mas estão seguras de sua decisão e têm o apoio da família. Dizem que contarão com os tios para ensinar Eduardo a fazer coisas de menino – jogar bola, brincar de carrinho, defender-se na rua. Munira diz que, na empresa em que trabalha como analista financeira, todos festejam a gravidez da companheira. “Quando contei que eram gêmeos, fizeram uma festa surpresa para mim”, afirma. “Minhas faltas durante o tratamento também eram perdoadas sem drama.” Outro sinal de solidariedade foi à sugestão do departamento de RH de que ela registrasse em cartório sua união estável com Adriana e requeresse no plano de saúde a inclusão do nome da parceira como dependente. Só ficou faltando a licença-maternidade. Para seguir a lei, a empresa vai conceder a Munira uma semana de licença, a mesma que é concedida aos pais.

Apesar do sucesso do procedimento e de todo o acolhimento que tem recebido, o casal ainda se sente injustiçado por uma legislação que não prevê seu direito de registrar os filhos no nome das duas mães. Logo que entenderam que seriam ambas mães biológicas dos gêmeos (uma de acordo com a lei, outra de acordo com a ciência), procuraram quem as ajudasse a conseguir um documento que regularizasse essa situação. Encontraram a advogada Maria Berenice Dias, há 35 anos dedicada à causa dos homossexuais no Rio Grande do Sul. Maria Berenice assumiu o caso, segundo ela inédito. Não se tem notícia de um processo judicial no Brasil movido por um casal gay interessado em registrar dupla maternidade."



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Fonte: http://medicalstudio.com.br/?p=1233
Acessado em: 15 de novembro de 2009
Horário: 15:42

A diversidade dentro da diversidade!

Nessa reportagem mostra claramente a realidade de pessoas homossexuais que se identificam com pessoas mais masculinas ou mais femininas, em ambos os sexos e também relata aquelas que não se identificam, e com isso concluímos a imensa diversidade que existe dentro da sociedade

"Como em todo núcleo social, não diferente, o mundo dyke se divide em alguns grupos de convivência e de identidade, seja por gênero (mais masculina ou mais feminina), idade e classe social, estabelecido pelos próprios espaços de sociabilidade. A divisão por prática sexual (ativa, passiva ou relativa) ainda é presente em alguns segmentos. Segundo a antropóloga e pesquisadora na área de gênero e sexualidade Regina Facchini, 38, "no meio feminino, a questão de ser mais masculina ou mais feminina traça uma diferença fundamental. Há muita rejeição às 'masculinas' e 'ativas' em quase todas as idades e estratos sociais. Há também muita rejeição a casais formados por duas 'masculinas'.

Nos anos 70, uma mulher homossexual não precisava parecer como um homem para conseguir seu espaço. Esse tipo de argumento ainda é muito presente no meio gay e você pode encontrá-lo de várias formas, intrínsecas em qualquer ambiente destinado às lésbicas, que se identificam de maneira diferente uma da outra. Este assunto tornou-se um tabu que vai além da sexualidade, ultrapassando os limites das discussões de sexo e de gênero. Um exemplo disso é a opinião da atriz Juliana Santos, de 23 anos: "Esse tipo de menina eu nunca fico, porque perde a feminilidade. Eu gosto das roupas e do jeito feminino, independente de ser bolacha. Odeio menina com roupa de menino e cabelo curto. Eu quero olhar pra minha namorada e ver uma mulher, independente do que ela seja ou goste.”

"Acho que nossa sociedade preza demais o sexo biológico e espera que ele molde o comportamento, o jeito de se vestir e o modo de amar das pessoas. Muitas garotas de aparência masculina estão simplesmente mostrando sua identificação com atributos masculinos", diz Regina. "Isso não quer dizer que queiram ser homens ou que será tão violentado quanto um homem machista pode ser em relação a sua companheira. O preconceito não leva em conta que é possível ser mulher e se identificar com a masculinidade. E que masculinidade pode ter vários sentidos para diferentes pessoas”, completa.

O importante, na verdade, é que as pessoas aprendam a respeitar todas as formas de amor, desejo e sexualidade, independente de concordarem ou não, pois falar em homossexualidade, assim como falar em heterossexualidade, não é falar em semelhanças, mais em diversidade. E a diversidade existe sim dentro da diversidade."


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Fonte: http://acapa.virgula.uol.com.br/site/noticia.asp?codigo=6127
Acessado em: 14 de Novembro de 2009
Horário: 18:40

domingo, 8 de novembro de 2009

Vídeo!

O vídeo a seguir foi produzido pelo programa "Profissão Repórter", da Rede Globo de Televisão, no dia 19 de Maio de 2009. Aborda o suicídio de Iago, um adolescente de 14 anos que foi vítima de homofobia escolar.







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Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=E4sPwhPJBi0
Acessado em: 08 de Novembro de 2009
Horário: 18:55

Estatística da Homofobia no Brasil!

O relatório a seguir traz o panorama dos casos de homofobia praticados no território nacional. Discuti as altas taxas de preconceito no Brasil e articula a necessidade de apoio governamental no combate a discriminação sexual.

"O Relatório Anual do Grupo Gay da Bahia - GGB, que lista desde 1980 os assassinatos de homossexuais no Brasil, mostra que vem crescendo a quantidade de casos de homicídios praticados contra gays, lésbicas e transgêneros. Em 2008 aumentou em 55% os casos com relação a 2007. E neste mesmo ano com relação ao período de 2006, o crescimento tinha sido de apenas 30%.

Os dados, segundo o GGB, posiciona o país como o mais homofóbico do mundo, seguido por México, que registrou 35 casos de homossexuais assassinados no ano passado, e pelos Estados Unidos, com 25. Desde o início do levantamento, o total de homicídios considerados homofóbicos pela organização chega a 2.998.



O estado de Pernambuco liderou o número de assassinatos de homossexuais, com 27 registros. O levantamento, que tomou como base clipagens de jornais e telejornais, revelou que 64% das vítimas eram gays, 32% eram travestis e 4%, lésbicas.

Com o avanço no número de crimes contra homossexuais, o GGB ameaça denunciar o governo brasileiro à Organização das Nações Unidas (ONU) e à Comissão Interamericana de Direitos Humanos, da Organização dos Estados Americanos (OEA), “por crime de lesa humanidade contra os homossexuais”, segundo o fundador da entidade, o antropólogo Luiz Mott.

O grupo cobra da administração federal o urgente cumprimento das diretrizes do Programa Brasil Sem Homofobia, lançado pela Secretaria Especial dos Direitos Humanos em 2004. O plano inclui ações voltadas à promoção da cidadania e ao fortalecimento da defesa dos direitos humanos de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais."



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Fonte: www.gazetaweb.globo.com
Acessado em: 08 de Novembro de 2009
Horário: 18:42

Senado Federal lança enquente sobre Homofobia.


O senado federal lançou enquete sobre o projeto de lei (PLC 122/2006) que torna crime o preconceito contra homossexuais. A pesquisa, que entrou no ar em 1 de novembro, recebeu mais de 500 mil votos nos primeiros cincos dia no ar.

Para particpar, acesse:

http://http://www.senado.gov.br/agencia/verNoticia.aspx?codNoticia=97164&codAplicativo=2



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Fonte: http://www.senado.gov.br/agencia/default.aspx?mob=0
Acessado em: 08 de Novembro de 2009
Horário: 18:23

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

A imagem-texto a seguir traz uma breve explicação sobre o significado do termo homofobia e um apelo para o fim do preconceito contra a orientação sexual de cada indivíduo.







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Fonte: www.sacripancia.zip.net/images/homofobia2.jpg
Acessado em: 06 de Novembro de 2009
Horário: 23:36

Vídeo!

O video a seguir foi produzido por brasileiros para transmitir, com descontração e entretenimento, uma mensagem anti-homofóbica. É também uma resposta a outros videos estrangeiros e brasileiros.





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Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=rIB9IeVXXlc
Acessado em: 06 de Novembro de 2009
Horário: 23:22

A fé remove a razão.

Uma jovem de origem marroquina morreu durante um ritual organizado pelos seus próprios pais com a finalidade de "curar" sua homossexualidade. O crime ocorreu em outubro, quando Layla Achichi não resistiu aos golpes e às queimaduras sofridos durante uma cerimônia em sua casa, em Amberes, norte da Bélgica. Um tribunal belga decretou a prisão preventiva dos pais da jovem cruealmente torturada e assassinada.

Segundo o advogado da família os pais rejeitam as acusações e garantem que estavam apenas fazendo uma "cura espiritual" na filha, convencidos de que a filha tinha sido "possuída por um espírito maléfico que a teria deixado gay". Houve uma terceira pessoa envolvida, que teria lido passagens do Corão durante o ritual.



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Fonte: www.tvi24.com
Acessado em: 06 de Novembro de 2009
Horário: 23:08

Homofobia na Universidade Federal de Viçosa.


No último dia 31 de outubro uma bandeira do Orgulho Gay foi queimada por, segundo testemunhas, três estudantes universitários durante o evento Marcha Nico Lopes 2009, organizado pelo Diretório Central dos Estudantes da Universidade Federal de Viçosa. A bandeira foi levada à marcha por integrantes do bloco “Viçosa grita contra a homofobia: pode ser seu pai, sua mãe ou sua tia”, organizado pelo grupo de diversidade sexual Primavera Nos Dentes. Alguns minutos adiante, a bandeira se soltou de onde estava presa e, segundo relatos de outros estudantes que estavam por perto, três universitários atearam fogo na bandeira, enquanto faziam comentários homofóbicos.O DCE-UFV foi procurado por mais duas vezes, na figura de duas pessoas diferentes, e permaneceu em silêncio.


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Fonte: http://www.primaveranosdentesvicosa.blogspot.com/
Acessado em: 06 de Novembro de 2009
Horário: 22:55

Campanha!

Segue abaixo o link do site, "Não Homofobia", que articula um abaixo assinado virtual com o objetivo de aprovação da lei PLC 122/06, que pretende criminalizar qualquer manifestação homofóbica.



www.naohomofobia.com.br



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Fonte: www.naohomofobia.com.br
Acessado em: 06 de Novembro de 2009
Horário: 22:42

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Perfil do Homossexual de Brasília-DF


Eles são de classe média alta, têm formação escolar elevada, são cultos, bem-resolvidos, assumidos e independentes. E não acreditam em Deus.

Pesquisa realizado pelo Núcleo de Pesquisas do Estruturação - Grupo LGBT de Brasília, em parceria com alunos de Relações Públicas do Instituto de Educação Superior de Brasília revelou que 77,3% dos homossexuais assumidos residentes no Distrito Federal não acreditam na existência de alguma Entidade Divina e querem distância dos templos e instituições religiosas



A enquete apontou que:

34,9% dos entrevistados se consideram ateus;

17,1% agnósticos;

15,3% não se definiram nem como uma coisa ou outra;

22.7% seguem princípios cristãos e a maioria destes estão no “armário”;

27,5% têm formação superior;

15,2% dos ouvidos possuem mestrado e

dos 356, 51,1% ganham entre R$ 2 mil e R$ 4 mil, salários compatíveis com os heterossexuais que também vivem na região pesquisada.



"O resultado dessa pesquisa mostra que os homossexuais de Brasília, pelo menos os que aceitam a própria sexualidade e estão bem-resolvidos com ela, estão reagindo a exclusão social promovida pelas instituições religiosas. O afastamento é uma resposta a esta pressão. O que verificamos é que há uma forte relação entre ser assumido e aceitar a própria sexualidade e não fazer parte de nenhuma instituição religiosa. É como se dissessem que não reconhecem a legitimidade de instituições que não os aceitam e pior, os perseguem e os privam d
e direitos", afirmou o coordenador da pesquisa, José Jance Granjeiro.

Síntese: Homossexuais assumidos e bem resolvidos querem distância das igrejas.


Fonte: Estruturação - Grupo LGBT de Brasília

Acessado e adaptado em 21/10/2009

Horário: 18:10

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Video: Homossexualidade é pecado? É escolha?

O video a seguir constrói a relação entre a homossexualidade e a bíblia, e ainda, como os representantes de diversas doutrinas entendem a relação ambígua entre os dois segmentos. Mostra depoimentos de homossexuais e de seus familiares e é finalizado com um desenho animado sobre o tema: "Homossexualidade é uma escolha?".

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Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=gIuPo8KPr7U
Acesso: 19/10/2009
Hora: 23:50

Quadrinho

O meio de comunicação abaixo traz uma representação de um dos modelos estereotipados da imagem do homosseuxal.




Fonte: http://www.e-jovem.com/junior_final.jpg
Acesso: 19/10/2009
Hora: 23:00

Homossexualidade: genético ou ambiental?

Mayana Zatz é especialista em Ciências Biológias e colunista da revista Veja. Nessa coluna ela aborda as duas vertentes mais polêmicas da homossexualiade: é resultado genétivo ou ambiental? Aborda o assunto com uma linguagem clara e objetiva.

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Doutora Mayana, o que a senhora pensa sobre as origens da homossexualidade? Estaria ela realmente associada à genética? A psicologia já sabe que um homossexual não se torna homossexual do nada, bem como não pode deixar de sê-lo. Ele nasce assim e morre assim. Diversos animais também apresentam esse tipo de comportamento. Acompanhando o questionamento, do ponto de vista biológico, seria a homossexualidade uma anomalia? Ou seria uma forma de controlar a procriação de uma espécie?

Estudos não são conclusivos
Pesquisas genéticas são difíceis de serem realizadas com seres humanos porque não há como analisar comportamentos de pessoas sem levar em conta o ambiente em que vivem ou foram criados. Além disso, o fato de que pessoas com comportamento homossexual não procriarem dificulta a definição de um padrão de transmissão genética entre gerações. Estudos de gêmeos idênticos que foram separados ao nascer e criados por famílias diferentes poderiam potencialmente trazer informações importantes. Por exemplo, se a concordância (preferência sexual) entre eles for igual à de gêmeos criados juntos, isso apontaria para uma predisposição genética. Entretanto, estudos como esses são difíceis de serem realizados na prática porque requerem amostras muito grandes para terem uma comprovação estatisticamente significante.


Herança multifatorial?
A homossexualidade poderia, por exemplo, obedecer a um padrão de herança multifatorial, onde vários genes interagem com o ambiente para determinar uma característica. Entretanto, a identificação de genes responsáveis por traços multifatoriais é extremamente difícil. Só para se ter uma idéia, até hoje não foram ainda identificados os muitos genes que determinam a estatura e sabe-se com certeza que trata-se de um traço com grande influencia genética. Por outro lado, durante muito tempo, o autismo também era atribuído ao ambiente e hoje sabe-se que o comportamento autístico é uma característica genética, embora a busca para os genes responsáveis ainda continue.


Característica aparece na infância
Apesar da atração pelo mesmo sexo manifestar-se às vezes só na idade adulta, todos nós conhecemos crianças que já demonstravam um comportamento típico do sexo oposto desde a mais tenra idade. Há meninos que gostam de brincar com bonecas ou usar as joias, sapatos de salto ou maquiagens de suas mães e meninas que preferem carrinhos ou brincadeiras violentas, mais agressivas. Muitos deles sofrem, e muito, com isso, porque percebem que são diferentes mas não conseguem mudar suas preferências. Acredito que isso também fale a favor de uma predisposição genética.


Seria uma anomalia?
Na minha opinião, certamente não. Para quem é heterossexual às vezes é difícil entender, mas o fato de observar-se um comportamento semelhante em animais sugere também que existe uma predisposição genética. Eles não sabem o que a sociedade espera deles, o que é considerado "certo" ou "errado". É interessante que em camundongos já foi observado que há um aumento de homossexualismo quando há uma superpopulação - talvez uma forma da natureza de controlar a explosão populacional. Reitero que, ainda que eu pessoalmente acredite que possa haver uma influência genética para a homossexualidade, ainda não existe uma comprovação científica. O avanço nas pesquisas e tecnologias poderá talvez elucidar esse enigma no futuro próximo.


Fonte: http://veja.abril.com.br/blog/genetica/arquivo/homossexualidade-genetico-ou-ambiental/comment-page-1/

Data: 19/10/2009

Hora: 23:00

"Pesquisa revela que 87% da comunidade escolar tem preconceito contra homossexuais"


Essa reportágem apresenta dados e opiniões públicas colhidos pela Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo, sobre a postura homofóbica adotada por uma maioria esmagadora dos que fazem parte da comunidade escolar, além de abordar e alistar tópicos expositivos de algumas das conseqüências de tal preconceito que é enfrentado diariamente por aqueles que possuem uma orientação sexual diferenciada do que é aceita como "normal".

Os tópicos abordados são bastante interessantes dentre eles estão os seguintes:


Esse vídeo é uma pequena demonstração das conseqüências da homofobia em escolas, lugares conhecidos como centros de conhecimento e que mesmo assim não conseguem manter longe a ignorância que gera preconceitos e sofrimentos psíquicos, por vezes, tão graves que levam ao suicídio e a demais atitudes auto destrutivas.



COMO NÃO CONSEGUI POSTAR O VÍDEO EM TELA ACESSEM PELO LINK ABAIXO, A MESMA COISA, BASTA COPIÁ-LO E COLÁ-LO NO NAVEGADOR.

LINK DO YOUTUBE: http://www.youtube.com/watch?v=E4sPwhPJBi0

Fontes Pesquisadas: http://educacao.uol.com.br/ultnot/2009/07/24/ult105u8411.jhtm; http://www.youtube.com/watch?v=E4sPwhPJBi0.
Data: 19/10/2009
Horário: 21:32

TÓPICO: PALAVRAS ENGATILHADAS

Diante de situações como a apresentada, que ocorrem a muito mais tempo do que se imagina e diariamente, por que a psicologia ainda se limita, até onde tenho conhecimento e bastar tentarem efetuar uma pesquisa a respeito para verem que não estou mentindo, a pesquisas marcadas por teorias cerceadas pelo preconceito cultural e pelas tipificações normóticas, propondo estudos que não levam a nada aplicável ou próximo de um estudo concreto sobre a temática? Como ciência que tem por objeto de estudo o que compõem o humano, não seria a orientação sexual e seu impacto social e privado, um dos tópicos a ser estudado com seriedade e imparcialidade científica? Fica o alerta e o incentivo a reflexão aos discentes e aos profissionais da área psicológica a fazerem uso da função social que se espera da nossa atuação, para criarmos conhecimento que auxilie os que enfrentam de alguma forma, os sofrimentos psíquicos advindos de uma orientação sexual diferenciada, sem que esses indivíduos tenham que se aceitarem como doentes ou portadores de alguma anormalidade mental.